Por Amanda Alves
Redatora freelancer que adora contar, ver, ouvir e viver boas histórias.
Publicado em 06/12/2019. | Atualizado em 03/12/2019
Toda semana, elegemos um freela para escrever para a gente com pauta livre. Assim, conhecemos melhor a nossa Comunidade e você também. Essa é a história da Amanda!
Sabe a música da Rita Lee — recomendo ler este texto ouvindo ela — que diz: “Um belo dia resolvi mudar e fazer tudo que eu queria fazer…”? Então, eu a segui ao pé da letra. Mal sabia que fazer tudo que queria traria consequências e que, às vezes, o caminho da liberdade é solitário e falta grana. Foi aí que conheci a Rock e consegui fazer tudo e ter qualidade de vida.
Quando descobri que na zona de conforto não acontecia nada interessante, resolvi arriscar e mudei. Conheça minha história de amor com a Rock!
Eu sei, a zona de conforto é um velho clichê. Mas, você concorda comigo que os clichês não são clichês à toa? Pois bem! O que mais lemos aqui são histórias de superação, redescoberta e reinvenção. A Rock nos ajuda em tudo isso. Serei eternamente grata a ela por ter me ensinado que sempre existe algo para ser aprendido e que ainda dá para ganhar dinheiro com isso!
Vamos à minha história! Eu morava no interior, numa cidade típica de Minas. A leitura sempre foi uma das minhas grandes paixões — na verdade, era meu refúgio. A escrita apareceu como uma forma de me expressar e me colocar no mundo, principalmente porque, na adolescência, eu era muito tímida.
Trabalho desde muito cedo. Meu primeiro emprego foi como menor aprendiz de corte e costura, e logo notei que não tinha muita habilidade para isso. Afinal, não dá para costurar um short com uma perna só e sair impune.
Nesse meio tempo, estudava, trabalhava e me preparava para escolher uma profissão que eu achei que exerceria para todo o sempre. Era o que eu acreditava. Me arrisquei em muitas áreas, mas o que sempre gostei mesmo foi de aprender, estudar e ser desafiada. Fiz um curso tecnológico em Gestão Financeira e comecei a trabalhar com finanças nas empresas da minha cidade.
Sinceramente, aquilo não me realizava. Fui levando, até que em 2016 a crise chegou forte e fui demitida. Eu estava sem emprego e sem perspectiva. Acho que é uma boa definição para perdida. Resolvi tirar um ano sabático para repensar minha vida. Eu tinha 28 anos e estava sem motivação alguma.
Então decidi fazer outra graduação, em História, e, consequentemente, me mudei para uma cidade universitária. Recomeçar a vida do zero aos 28 anos não estava nos meus planos, mas foi a melhor coisa que eu poderia ter feito por mim mesma.
Deixei minha cidade, minha família, saí realmente da minha zona de conforto e fui explorar novos ares. Fiz um semestre da faculdade, mas aquilo também não me mostrava uma perspectiva futura interessante. Tranquei o curso. A grande questão é que eu não queria voltar para casa. Eu não queria abandonar a liberdade de poder pensar e planejar a minha vida por mim mesma e enfrentar novos desafios.
No entanto, é difícil fazer isso sem dinheiro — e o meu estava acabando. Eu tinha perdido meu pai de uma forma repentina e minha família não tinha condição financeira para me ajudar.
E agora, José? Ou melhor, e agora, Amanda? Comecei a procurar trabalho desesperadamente, mas a economia do país estava em recessão e eu estava na maratona sem fim que muitos desempregados enfrentam: a distribuição de currículos.
Consegui um emprego em uma cafeteria, onde trabalhava sábado, domingo e feriado, e chegava em casa às 2 da manhã. Foi uma época em que eu me senti exausta e solitária. Devo confessar que quase voltei para zona de conforto, mas descobri que tenho uma força que desconhecia.
Continuei minha maratona de currículos e acabei encontrando um emprego melhor, com horário mais flexível. Embora o salário não fosse tão bom assim, as coisas começaram a mudar. Foi aí que vi que precisava complementar minha renda. Pesquisei tudo que podia na internet, até que encontrei a Rock. Foi a amor à primeira vista, pelo menos da minha parte.
Sempre gostei de ler, e escrever era um desejo antigo. Trabalhar em casa, conseguir fazer meus horários e aprender continuamente é o trabalho que eu sempre sonhei. Desde que encontrei o Blog da Rock vejo transformações diárias, todo dia tem algo novo para aprender, uma nova habilidade para desenvolver e eu adoro isso!
Minha primeira candidatura foi em Gestão e Administração — fui reprovada quatro vezes, mas eu não ia desistir tão fácil. Lembro exatamente da sensação de quando fui aprovada, pensei “Pronto! As portas estão abertas! ”.
Depois fui aprovada em outras categorias, mas a minha preferida, sem dúvidas, é redação em Storytelling. Quando lançaram essa categoria, imediatamente me inscrevi, fui aprovada na segunda tentativa e tenho feito cursos sobre o tema para me aperfeiçoar.
Estou há um ano escrevendo para a Rock e ainda concilio os dois empregos, o freelancer e o CLT, mas já estou em processo de me tornar MEI e realizei vários cursos gratuitos da Universidade Rock. Meu objetivo é conseguir me manter apenas produzindo conteúdo. Consegui alguns clientes fora da plataforma e descobri que é isso que me motiva, me desafia e existem vários segmentos em que posso atuar.
Demorei para ter coragem de escrever este texto, por medo e por insegurança. Agora chegando ao final dele e revisitando a minha história, posso dizer que isso me fez muito bem. É bom olhar para trás e saber que suas escolhas te levaram por caminhos inesperados, mas que te fizeram ver possibilidades muito além das dificuldades.
Todos nós que escrevemos, revisamos, criamos pautas ou fazemos qualquer uma das atividades disponíveis na plataforma, encontramos na Rock uma forma de ganhar dinheiro sim, mas não é só isso: encontramos novas maneiras de levar a vida, novos rumos para nossas carreiras, novas formas de aprender e ensinar e isso, com certeza, nos motiva e melhora nossa qualidade de vida.
Queria ter encontrado a Rock antes e ter escrito esse texto há mais tempo, mas como eu quero acreditar, tudo tem seu tempo. Se você também tem uma história legal para contar, já pensou em escrever para coluna freela e compartilhar com a gente? Nós gostaríamos muito de ler!
Redatora freelancer que adora contar, ver, ouvir e viver boas histórias.
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