Por Raphael Saavedra
Jornalista, produtor de conteúdo e apaixonado por todo o tipo de informação.
Publicado em 17/10/2018. | Atualizado em 18/12/2020
Os investimentos financeiros são produtos que servem para financiar as atividades de uma empresa. Em troca desse dinheiro, ela garante uma rentabilidade (retorno financeiro) e pode oferecer outros benefícios, como a participação societária ou o recebimento de lucros pelos seus resultados positivos.
Apesar dos seus benefícios, os investimentos são uma atividade pouco explorada pelos brasileiros. O motivo principal é a dificuldade de poupar — 62,7% das famílias estão endividadas e 56% das pessoas não têm dinheiro guardado para a velhice.
Para o freelancer, que não tem um salário fixo, encontrar formas de aumentar a sua renda é essencial. O mercado financeiro oferece dezenas de produtos para multiplicar o seu patrimônio, mesmo para quem não é especialista. O desafio é organizar as contas e separar um percentual para investir.
Preparamos um material com passos práticos para você entender como funcionam os investimentos e aprender a fazer as suas primeiras aplicações. Confira!
Quando uma empresa quer construir uma estrada, mas não tem capital suficiente para custear a obra, ela precisa pegar um empréstimo. A opção principal é procurar um banco, que cobra altas taxas e não oferece as melhores condições de pagamento. Porém, ela pode ir ao mercado e captar esses recursos de outra forma.
Os investimentos financeiros são produtos que servem para financiar as atividades de uma empresa. Em troca desse dinheiro, ela garante uma rentabilidade (retorno financeiro) e pode oferecer outros benefícios, como a participação societária ou o recebimento de lucros pelos seus resultados positivos.
Na concepção mais ampla da palavra, que também serve para explicar o contexto do mercado financeiro, o investimento é uma aplicação que visa um retorno futuro. Por exemplo: se você paga quatro anos de faculdade, sua intenção é sair com uma formação suficiente para conseguir um emprego e ganhar um ótimo salário.
Na prática, o investidor vira o credor de uma instituição ou empresa, que lhe “deve” dinheiro. Pelo efeito dos juros compostos, que é a acumulação de juros sobre juros, esse valor cresce com o passar do tempo e a remuneração se torna vantajosa, porque o seu patrimônio fica maior em relação ao seu montante inicial.
Segundo dados da Anbima, apenas 8% da população economicamente ativa do Brasil poupou alguma quantia para investir em 2018. Por outro lado, 158 milhões de pessoas têm uma caderneta de poupança, que é considerada o investimento menos rentável do mercado.
O principal objetivo dos investimentos é ter um bom retorno, que vem da remuneração pelo empréstimo à instituição. O melhor é que esses ganhos não necessitam de suor e esforço — é daí que vem a expressão “deixar o dinheiro trabalhar para você”.
Em um país com economia vacilante, ter um dinheiro disponível para investir garante uma segurança para a sobrevivência e também é uma forma de acumular patrimônio, o que permite conquistar os seus objetivos de vida.
Separamos alguns motivos para você montar uma carteira de investimentos!
O benefício mais simples de investir é ter um aumento de patrimônio acima da inflação, que é o aumento na média dos preços. Ao aplicar em um produto financeiro, você ganha um retorno maior do que se deixá-lo na conta-corrente, o que possibilita alcançar os seus objetivos.
Quem nunca sonhou em não precisar se preocupar com dinheiro no fim do mês? Como é uma forma de aumentar o seu patrimônio, os investimentos contribuem para a independência financeira e podem, além de garantir uma renda extra, se transformar em uma fonte consistente de lucros.
Ao montar um plano de carreira sendo freelancer, você define objetivos, como comprar uma casa ou viajar para outro país. Realizar esses sonhos será mais fácil com uma estratégia de investimentos! Com o seu desenvolvimento profissional, o dinheiro disponível para aplicar será maior e, consequentemente, o retorno também.
Para um profissional que não tem carteira assinada, pensar na aposentadoria é fundamental. Além dos planos de previdência privada, é possível fazer um planejamento e investir em produtos financeiros de longo prazo, que rendam uma boa quantia daqui a algumas décadas.
No mercado financeiro, existem duas classificações de investimentos: renda fixa e renda variável. As suas concepções são completamente diferentes, mas isso não significa que eles disputam entre si: um portfólio pode conter ativos dos dois tipos e ter uma rentabilidade consistente.
Antes de saber como ganhar dinheiro, é importante conhecer as diferenças entre esses dois tipos para adaptar os investimentos aos seus objetivos financeiros. Lembre-se de que, quanto maior for o risco, maior será o potencial de recompensa, então, é necessário medir as suas expectativas para alocar os recursos de forma inteligente.
Na renda fixa, o investimento tem uma rentabilidade predefinida — a taxa oferecida pelo empréstimo — e um prazo de vencimento. Seus rendimentos são mais previsíveis e a sua segurança é maior. O único risco é a inadimplência das instituições, o que pode ser contornado com algumas garantias.
Conheça os principais produtos de renda fixa!
Na renda variável, o investidor funciona como um sócio das empresas e não tem garantias de recebimento. A sua principal vantagem é a possibilidade de ganhar acima da média do mercado, mas os altos riscos afastam os mais conservadores ou aqueles que não têm tanto conhecimento.
Conheça os principais produtos de renda variável.
Investir dinheiro sendo freelancer é fundamental para aumentar o seu patrimônio e pensar em objetivos de médio e longo prazo, como uma renda extra ou uma aposentadoria. Para aqueles que nunca se aventuraram nesse mercado, a dica principal é começar pela renda fixa, que tem uma segurança maior.
O Tesouro Direto permite aplicações a partir de R$ 30 e oferece opções com prazos e rentabilidades diferentes, inclusive com resgate no mesmo dia. Como é gerenciado pelo Governo Federal, é considerado o investimento mais seguro do mercado, já que as chances de não receber os rendimentos são mínimas (só se o país “falir”).
Entre os títulos privados, as letras de crédito são uma alternativa para quem tem um valor inicial mais alto e objetivos mais longos. Apesar de a sua aplicação inicial ser acima de R$ 1 mil, essa modalidade não tem incidência do Imposto de Renda, o que possibilita ganhos interessantes na renda fixa.
Para aqueles que desejam experimentar a renda variável, os fundos de investimento são uma excelente porta de entrada. Nesse caso, o investidor não precisa conhecer a fundo a bolsa de valores; ele apenas compra as cotas do fundo preferido. A decisão sobre onde colocar os recursos fica a cargo de um gestor.
O primeiro passo é realizar um controle de gastos pessoais. Se você tem dificuldades para guardar dinheiro no fim do mês ou está atolado em dívidas, é necessário um planejamento financeiro para colocar o orçamento em dia. A recomendação é deixar pelo menos 10% da sua renda separada para os investimentos.
O investidor iniciante não precisa se tornar um expert em mercado financeiro, mas o conhecimento é um diferencial para encontrar as melhores oportunidades. Busque materiais de qualidade que ensinem os conceitos básicos e informe-se sobre os rumos da economia em sites especializados.
O último passo é ter uma conta aberta em uma instituição financeira. Os grandes bancos têm a sua área de investimento, mas a dica é procurar as corretoras, que oferecem taxas menores e um cardápio mais extenso de produtos. O processo é rápido e necessita apenas da confirmação de identidade.
Está com as finanças organizadas, sem dívidas no banco e abriu a conta na corretora? Então, você está pronto para investir! Todas as suas aplicações podem ser feitas pela internet, sem a obrigação de se dirigir a uma agência para falar com o gerente. Os produtos disponíveis estão no site, junto com as informações.
Não existe um valor ideal para começar a investir dinheiro, mas isso impacta o alcance dos objetivos. O primeiro deles é construir uma reserva de emergência, que é o dinheiro necessário para você se sustentar por seis meses sem fonte de renda. As aplicações iniciais devem buscar esse objetivo.
Com a reserva montada, é hora de criar uma carteira de investimentos. Para o iniciante, a dica é colocar um bom percentual em produtos de renda fixa e aplicar uma pequena parte em fundos. Os prazos devem variar conforme os seus objetivos — para viajar daqui a um ano, compre títulos com 12 meses de vencimento.
Pelo site da corretora, você tem uma visão geral do seu dinheiro e pode acompanhar a rentabilidade dos produtos. Um erro comum é não analisar periodicamente a carteira, pois alguns ativos podem não ter a performance esperada e precisam ser trocados. A cada seis meses, veja se está tudo no caminho certo.
Para aqueles que nunca investiram, alguns termos podem assustar. O mercado financeiro tem uma linguagem técnica, com muitos indicadores e conceitos, o que deixa os marinheiros de primeira viagem com receio de confundir alguma palavra e arriscar o seu dinheiro.
Porém, não é necessário ter medo. Algumas expressões básicas ajudam a entender todo o contexto e facilitam os seus primeiros passos dentro do site da corretora. Separamos 10 termos para você ficar de olho!
Para conseguir melhores resultados nos seus investimentos, é importante conhecer o seu perfil de investidor. Esse teste analisa quesitos como o tempo pelo qual você pretende manter as aplicações e sua disposição para correr riscos, a fim de entender quais produtos são mais indicados para o seu planejamento.
Existem três tipos de perfis: conservador, moderado e arrojado. A grande diferença é o percentual de patrimônio investido em renda fixa e em renda variável, como você verá a seguir.
Preza pela segurança do seu dinheiro, por isso reserva a maior parte da sua carteira para os produtos de renda fixa, como o Tesouro Direto e os títulos privados. Em geral, são pessoas mais velhas que construíram patrimônio ou iniciantes no mercado que têm pouca experiência e preferem fugir dos riscos.
É o meio-termo entre o conservador e o arrojado. Esse investidor também busca segurança nas aplicações, mas está disposto a correr alguns riscos para ter uma rentabilidade melhor. Essa pessoa já tem um conhecimento maior sobre as finanças e monta uma carteira mais versátil, com uma parcela de renda variável.
O investidor arrojado busca multiplicar o seu patrimônio de forma mais rápida e aceita correr riscos maiores, mesmo que isso acarrete perdas momentâneas. É uma pessoa com maior experiência no mercado e que investe em produtos financeiros mais complexos, mas também mantém uma pequena parte na renda fixa como segurança.
E aí, aprendeu o que é investimento? O mercado financeiro pode ser assustador no início, mas tem um número infinito de opções para você melhorar a sua condição de vida. Com disciplina e persistência, você será capaz de tirar uma boa renda com as aplicações sem esforços (apenas alguns cliques).
O primeiro passo para investir é organizar o seu dinheiro. Baixe a planilha de controle financeiro para freelancers e não passe mais aperto no orçamento!
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