Por Bruna Moreira
Analista de Marketing na Rock Content
Publicado em 24/10/2018. | Atualizado em 04/05/2020
Listamos os 63 erros mais comuns da língua portuguesa para auxiliar você na hora de escrever e sanar suas dúvidas de forma rápida e prática!
Todos temos contato com a escrita no dia a dia. Afinal, ela é um importante elemento de nossas vidas para nos informarmos e comunicarmos.
Pensando nisso, uma boa escrita torna-se fundamental para transmitir a melhor informação e tornar a comunicação a mais clara possível. Mas não é suficiente que ela seja boa: ela também precisa estar correta!
Quando se trabalha com escrita, isso é ainda mais importante. Uma grafia correta, interessante e coerente faz toda a diferença para profissionais que lidam diretamente com isso.
No entanto, todos estamos suscetíveis a cometer erros, não é mesmo? Foi pensando nisso que elaboramos este guia com 63 erros e dúvidas comuns da língua portuguesa.
O objetivo é auxiliar você na hora de escrever e conseguir sanar suas dúvidas de forma rápida e prática, evitando erros.
Gostou da ideia? Então, vamos começar!
Você já deve ter ouvido falar que o português é uma língua cheia de nuances e truques, ou talvez você mesmo já tenha pensado nisso. Bom, a verdade é que realmente existem termos que causam grande confusão.
Um dos problemas que mais enfrentamos é o de palavras que são parecidas (ou até mesmo iguais!) na grafia e/ou sonoridade, causando confusão na escrita.
São as palavras homônimas e parônimas. Ambas têm significados diferentes: enquanto os homônimos são pronunciados da mesma forma, os parônimos têm uma pronúncia ligeiramente diferente.
Nesta primeira parte do guia, vamos nos dedicar a alguns dos casos mais comuns e que geram mais dúvidas.
Sim, o erro que todos odiamos, mas muitos de nós cometemos. Embora muito parecidos na sonoridade, especialmente no falar quotidiano, “mas” e “mais” têm significados e aplicações totalmente distintos.
“Mas” é uma conjunção adversativa que pode expressar contradição ou compensação. Já o “mais” pode ter várias funções dependendo do contexto, sendo que a mais comum (e confundida com o “mas”) é de advérbio indicativo de aumento.
Vamos ver isso na prática:
Esse é outro erro muito comum entre palavras com sonoridade idêntica, mas com significado bem diferente.
“Traz” é a conjugação do verbo “trazer” na terceira pessoa do singular (ele ou ela). “Trás”, no entanto, é um advérbio de lugar, ou seja, indica posição.
Observe a diferença de uso entre ambos:
Atenção: o “trás” frequentemente exige o uso de preposições: por trás, detrás, atrás.
Essas duas formas estão corretas. “Abaixo” é um advérbio de lugar, indicando posição relativamente inferior.
Já “a baixo” é uma expressão formada por preposição (“a”) e substantivo (“baixo”), sendo usada para indicar um movimento em direção a algo inferior. Geralmente é usado para descrever todo o movimento: “de cima a baixo”.
Novamente, ambos estão corretos (por incrível que pareça). “Encima” é uma das conjugações do verbo “encimar”, que tem o significado de indicar algo que está no topo de alguma outra coisa.
Já “em cima” é uma locução adverbial que indica posição, significando a parte mais alta ou “sobre”.
Não dá para fazer confusão entre essas duas, viu? Embora a escrita e a sonoridade sejam bastante parecidas, os significados são bem distintos.
O “comprimento” refere-se ao tamanho de algo, enquanto “cumprimento” pode ter duas funções. A primeira é como indicativo de um gesto de saudação entre duas pessoas; já a segunda serve para indicar finalização de uma tarefa.
No entanto, as palavras são usadas de forma muito semelhante no dia a dia. Por isso, vamos mostrar como as diferentes formas que assumem podem ser empregadas, ok?
Para isso, é importante entender que “comprimento” pode ser usado como substantivo, em sua forma original, ou como adjetivo, para descrever uma característica.
Já “cumprimento” também é empregado como substantivo e adjetivo, mas também como verbo, se usado para indicar ação.
Veja a seguir os usos de cada um, com o indicativo de sua função:
Tanto “senão” quanto “se não” indicam algum tipo de condição, mas eles devem ser usados de formas diferentes.
Enquanto “senão” é uma contraposição, “se não” é uma condição em que a outra opção é viável. Observe a diferença:
Dica: substitua por “ou então”. Se fizer sentido na frase, o certo é “senão”. (Fale baixo, ou então você vai acordar o bebê.) Da mesma forma, você pode tentar colocar a frase na afirmativa. Se for possível, o correto será “se não”. (Se quiser vir conosco, tudo bem.)
Essas duas palavras são formas conjugadas dos verbos “haver” e “ouvir”, respectivamente.
Portanto, a diferença torna-se clara: “houve” se refere a algo que já aconteceu (é a forma passada do verbo), enquanto “ouve” é o ato de escuta de uma terceira pessoa (pois é a forma conjugada do verbo na terceira pessoa do singular).
Profissionais do universo do marketing digital: atire a primeira pedra quem nunca falou algo como “práticas de SEO são boas para o aumento do tráfico”. Sim, nós erramos.
E, embora seja normal errar na fala, a escrita não perdoa, certo? Então, vamos solucionar esse errinho bastante comum, mas que nunca deve ser cometido!
O “tráfego” refere-se ao movimento ou fluxo de um conjunto de coisas, enquanto o “tráfico” é indicativo do comércio ilícito, seja como contrabando, seja de substâncias proibidas. (Deu pra perceber por que não é bom confundi-los, certo?)
Vamos aos exemplos:
Ambas as palavras são verbos e têm significados contextualmente similares (e até complementares), mas indicam ações diferentes.
Enquanto “infringir” significa desobediência à norma, “infligir” (atenção: repare que não tem “n” depois do -fli, ok?) se refere à aplicação de uma pena ou castigo.
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